A comissão de utentes contra as portagens nas auto-estradas A23, A24 e A25 assegura que será dada uma "resposta à altura" ao anúncio de introdução de portagens nas SCUT até ao fim do mês pelo ministro da Economia.
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Francisco Almeida, da comissão contra as portagens nestas três auto-estradas, adiantou que a "resposta a esta afronta" será dada pelas populações "e será à altura de tão injusta medida".
A comissão tem estabelecido um "calendário de luta" com diversas iniciativas nos quatro distritos (Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco), como a recolha de assinaturas para enviar ao primeiro ministro, um pedido de audiência ao Presidente da República e uma "prova no terreno" de que não existem alternativas "minimamente aceitáveis" às A23, A24 e A25.
Um das iniciativas, aquela que a comissão entende que vai "provar a ausência de alternativas", é uma viagem entre Viseu e Aveiro pela EN 16 (estrada nacional), com um autocarro e um camião pesado, no próximo dia 14.
Para segunda-feira, em Viseu, está prevista uma segunda recolha de assinaturas em frente à Loja do Cidadão.
O anúncio da introdução de portagens foi feito esta tarde de sexta-feira por Álvaro Santos Pereira.
"Mesmo assim, o endividamento, após a introdução das portagens, em 2030 será de 21 mil milhões de euros. É insustentável", afirmou o ministro, que falava na Comissão Parlamentar da Economia e Obras Públicas.
O governante anunciou igualmente a renegociação dos contratos de introdução de portagens em todas as SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador) e o cancelamento e suspensão de vários troços.