Confederação do Turismo diz que é urgente "alternativa intermédia a Alcochete"

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros
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O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) defendeu, esta terça-feira, a necessidade "urgente" de uma alternativa intermédia ao novo Aeroporto de Lisboa, apontando Montijo como uma opção "rápida e eficaz". Francisco Calheiros apelou a um reforço dos "fatores dissuasores de insegurança" e considerou a convocação de uma greve geral como "extemporânea e desproporcionada".
Numa comunicação no 50.º Congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), o líder da CTP explicou que o turismo não estagnou, mas entrou numa fase de "crescimento sustentável". Porém, alertou que, sem o novo aeroporto, "dificilmente teremos crescimento" e que é preciso urgentemente decidir sobre uma alternativa intermédia ao aeroporto em Alcochete.
"Queremos ficar sentados anos à espera até ter finalmente um novo aeroporto? Queremos continuar a assistir às filas e tempos de espera exasperantes que enfrenta quem nos visita, que no nosso país quer fazer férias e gerar valor ao País, mas que enfrenta poucas condições logo à sua chegada? Ou preferimos ter no nosso país infraestruturas que ofereçam qualidade e respondam às necessidades mais imediatas dos turistas que nos querem visitar?", questionou.

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Mais segurança
O líder da CTP apelou ainda a um reforço da segurança das nossas cidades e dos nossos pontos de interesse turísticos, sob o risco de perder "uma das nossas mais valias como país". "Numa conjuntura de instabilidade e insegurança internacional que ainda vivemos, Portugal tem de continuar a ser um oásis no que à segurança diz respeito", defendeu Francisco Calheiros.
Para a CTP, a reforma da legislação laboral é "positiva e equilibrada", sendo fundamental para o setor que "assegure simultaneamente a necessária proteção aos trabalhadores e a flexibilidade indispensável às empresas, tendo em conta a natureza sazonal e cíclica da atividade". Por isso, a convocação da greve geral foi "extemporânea e desproporcionada", pois o processo negocial ainda está em curso, considerou.
Além da reforma laboral, o líder da CTP frisou que "é imprescindível uma verdadeira reforma do Estado que simplifique, digitalize e torne mais ágil a relação entre as empresas e a administração pública". E reforçou o desafio já lançado de implementar um Simplex para o Turismo.
