Continente reitera "compromisso com os consumidores" face às críticas dos produtores de leite
O Continente reafirmou, este sábado, que mantém um "compromisso com os consumidores" e que 85% do leite que vende é nacional, em resposta às críticas por parte das associações de produtores que se manifestaram este sábado, no Porto.
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"O Continente assume um compromisso com os consumidores portugueses de fornecer os melhores serviços e produtos, preferencialmente nacionais, ao melhor preço", indicou a maior cadeia de distribuição do país em comunicado, no dia em que milhares de produtores marcharam em defesa dos bens nacionais.
A situação foi desencadeada na passada quarta-feira, quando a Associação Nacional dos Industriais dos Lacticínios (ANIL) e a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (FENALAC) acusaram o Continente de 'dumping' no campo daquele produto.
Em causa está uma promoção do hipermercado que inclui embalagens de 1,5 litros de leite comercializados a 0,78 euros, sobre o qual recai um desconto de 75%, resultando um preço final de 0,13 euros/litro.
" semelhança do que já havia feito na quarta-feira, o Continente veio lembrar hoje que "a campanha referida pela FENALAC e ANIL oferece um saldo em cartão correspondente a 75% do valor do cabaz adquirido, o qual pode ser utilizado posteriormente na compra de qualquer tipo de produtos".
Milhares de agricultores e dezenas de tractores manifestaram-se hoje no Porto, numa marcha em defesa dos produtos nacionais, que depois de se reunir frente à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, seguiu até à Sonae.
" Associação Produtores de Leite de Portugal (APROLEP) juntou-se a FENALAC, a CONFAGRI, a Confederação Nacional de Agricultores (CNA) e a Associação Nacional de Produtores de Leite e de Carne (APLC).
Os muitos "produtores de leite, de carne, de vinho, cooperativas, confederações, associações, agricultores do norte a sul do país, do interior ao litoral" que se juntaram à causa vieram "exigir que o Governo exerça o seu papel de moderador dos mercados", disse Carlos Neves da APROLEP, contra "o esmagamento que a distribuição está a fazer à agricultura nacional e ao sector agroalimentar e a tudo o que está atrás do agricultor".