Convocada nova greve geral na Grécia para 1 de Dezembro

"Avançamos para uma nova greve de 24 horas, contra as novas medidas orçamentais de 2012", disse, em Atenas, o porta-voz da Confederação de Trabalhadores (GSEE), Stathis Anestis, em declarações à agência noticiosa espanhola EFE.

O representante sindical realçou que as medidas, que deverão ser ratificadas no próximo dia 7 de Dezembro no parlamento com o voto dos três partidos que integram o novo executivo, "incluem austeridade e cortes das conquistas sociais".

Os trabalhadores helénicos vão ainda protestar contra o aumento do desemprego. O Ministério das Finanças prevê que a taxa de desemprego atingirá este ano os 15,4%, superior aos níveis de 2010 (11,9%). Para 2012, as previsões governamentais apontam para uma taxa de 17,1%.

O sindicato dos funcionários públicos gregos, ADEDY, está reunido para decidir se vai aderir à paralisação. Contactado pela EFE, Vasilis Xenakis, porta-voz do ADEDY, admitiu que adesão do sindicato era quase certa.

Se os funcionários públicos aderirem ao protesto será a sétima greve geral realizada este ano na Grécia.

O sector público contesta a redução de 300 mil funcionários até 2015, dos quais 170 mil já deixaram de trabalhar e outros 30 mil serão dispensados até ao final deste ano.

Ao longo desta semana, a contestação contra os cortes e os despedimentos irá envolver outros sectores.

Os trabalhadores das entidades municipais, quase meio milhão em todo país, realizam, esta terça-feira, uma paralisação de quatro horas, que irá interferir, por exemplo, nos serviços de recolha de lixo.

Uma dezena de trabalhadores municipais invadiu o gabinete do vice-ministro do Interior, Panos Kukolopulos, em Atenas, para protestar contra a redução de funcionários, enquanto que cerca de 100 militantes do sindicato PAME, filiado do partido comunista grego, concentraram-se em frente ao ministério para manifestar apoio a estes funcionários.