O crédito malparado atingiu, em agosto, 15,6 mil milhões de euros, batendo máximos tanto nos empréstimos às famílias como às empresas, de acordo com dados divulgados, esta segunda-feira, pelo Banco de Portugal.
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O principal problema no crédito malparado está nas empresas, ao ascender a 10.546 milhões de euros em agosto, o valor mais elevado desde que o BdP disponibiliza dados (1997).
Face ao total de crédito concedido às empresas em agosto (108.515 milhões de euros), o malparado representa 9,81% do total.
O valor do malparado nas empresas significa mais 55% do que os 6.879 milhões registados no final do ano e mais 64% do que no mesmo mês de 2011.
Nos empréstimos aos particulares a cobrança duvidosa fixou-se nos 4.977 milhões de euros, mais 6,48% do que o registado no início do ano e mais 10,18% face ao mesmo mês do ano passado.
O malparado nos particulares representa 3,66% dos 136.017 milhões de 'stock' de crédito em agosto.
Por destinos de crédito, na Habitação o malparado subiu para 2.186 milhões em agosto, no Consumo para 1.567 milhões e nos empréstimos para Outros Fins 1.224 milhões.
Apesar de a cobrança duvidosa ser maior, em valores absolutos, nos empréstimos à habitação, este representa apenas 1,96% do total concedido para este fim.
Os empréstimos destinados ao consumo são os mais penalizados no malparado, com 11,40 por cento, seguido de Outros Fins com 10,88%.
No total, o crédito malparado ascendeu em agosto a 15,6 mil milhões de euros.