Correios de Portugal pediram regime de exceção nos cortes salariais ao Governo, mas ainda não obtiveram resposta, disse, esta terça-feira, o presidente do grupo, Pedro Coelho.
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O responsável falava na conferência de imprensa de apresentação de resultados dos CTT, cujos lucros subiram 0,7% no ano passado, face a igual período de 2010, para 56,7 milhões de euros.
"Temos uma solicitação de orientação sobre a matéria", disse Pedro Coelho, adiantando que ainda não obteve uma resposta.
Segundo o administrador financeiro dos CTT, Duarte Araújo, o valor dos cortes de salários no grupo em 2011 ascendeu a 2,8 milhões de euros, após impostos.
"A população abrangida por estes cortes é pequena", disse o administrador.
No ano passado, os rendimentos operacionais do grupo CTT recuaram 4,2%, para 761,1 milhões de euros, refletindo o declínio da procura postal de 6,4%.
O serviço postal e o serviço expresso - responsáveis por uma parcela bastante significativa dos rendimentos do grupo - sofreram o impacto da crise económica.
Assim, o rendimento operacional do serviço postal recuou 5%, para 594,8 milhões de euros, enquanto o serviço expresso sofreu uma quebra de 6,9%, para 133,9 milhões de euros.
Por segmento de negócios, apenas os serviços financeiros e o serviço documental registaram um crescimento em 2011, de 3,4% e 3,1%, respetivamente.
Os gastos operacionais, excluindo imparidades, provisões, depreciações e gastos não recorrentes, recuaram 6,7%, para 656 milhões de euros, e o resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) aumentou 15,5%, para 105 milhões de euros.