O défice orçamental grego aumentou para 19,15 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 15% face ao mesmo período de 2010, apesar das medidas de austeridade.
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Este valor contrasta com os 16,65 mil milhões do período homólogo de 2010, divulgou o Ministério das Finanças grego, esta quarta-feira.
Estes valores comportam uma queda nas receitas de 4,2% para 34,9 mil milhões de euros, que o gabinete atribuiu a uma recessão mais profunda do que inicialmente previsto para este ano. Já as despesas aumentaram 7% para 52,488 mil milhões de euros.
Esta derrapagem já tinha sido antecipada pelo governo grego que agora fixou um objectivo de défice público de 8,5% face aos 7,4% anteriores.
A Grécia espera agora um défice orçamental de 22,5 mil milhões de euros este ano, disse o ministério, que recordou que estes valores não são os tidos em conta pela União Europeia para avaliar as reformas financeiras levadas a cabo no país, já que exclui despesas em algumas áreas.
Em Maio de 2020, a Grécia pediu um pacote de resgate de 110 mil milhões de euros dos outros países da zona euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na terça-feira, uma equipa da 'troika' (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) completou a revisão às reformas da Grécia e deu luz verde à entrega da próxima tranche do empréstimo, no valor de oito mil milhões de euros, a pagar no início de Novembro.