O défice das Administrações Públicas, em contas públicas, totalizou 2084 milhões de euros até novembro, menos 2326 milhões de euros do que no mesmo período de 2016.
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Num comunicado, divulgado esta quarta-feira, que antecede a divulgação da síntese de execução orçamental até novembro pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), o Ministério das Finanças justifica que esta redução do défice se deveu a um crescimento da receita de 4,3% e a uma "contenção da despesa", que cresceu 0,8%.
O ministério tutelado por Mário Centeno afirma que "a evolução do défice ao longo do ano garante, pelo segundo ano consecutivo, o cumprimento dos objetivos orçamentais estabelecidos no Orçamento do Estado".
"A rigorosa execução orçamental, associada à evolução positiva da receita, permitem a redução da dívida pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB)", acrescenta.
O excedente primário, que exclui os encargos com a dívida pública, ascendeu a 5800 milhões de euros, uma melhoria de 2281 milhões de euros.
Já a despesa primária das Administrações Públicas cresceu 1% face ao mesmo período do ano passado, "ainda sem refletir o pagamento de metade do 13.º mês dos pensionistas da Segurança Social".
O Ministério das Finanças destaca ainda "o acréscimo de 26% no investimento (excluindo PPP)" e o crescimento de 5,3% da despesa no Serviço Nacional de Saúde, que considera uma "aposta continuada no setor".
O gabinete de Mário Centeno afirma ainda que o "stock" da dívida não financeira das Administrações Públicas (despesa sem o correspondente pagamento e que inclui os pagamentos em atraso) "mantém a tendência de redução apresentada desde o início do ano, tendo diminuído 260 milhões de euros em termos homólogos".
Os pagamentos em atraso, segundo a tutela, registaram um acréscimo de 193 milhões de euros face a igual período de 2016 e de 85 milhões de euros face ao mês anterior, "antecipando-se uma redução significativa em dezembro em virtude do reforço financeiro efetuado no início deste mês".