O presidente da Comissão Europeia afirmou, esta segunda-feira, estar confiante no sucesso do programa de resgate a Chipre, argumentando que permitirá restaurar a viabilidade da economia cipriota.
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Numa declaração, em Bruxelas, Durão Barroso disse que, se o programa de resgate acordado esta madrugada pelos ministros das Finanças da zona euro for "devidamente aplicado", vai "restaurar a viabilidade da economia cipriota".
O presidente da Comissão Europeia mostrou-se confiante no sucesso do programa, no valor de 10 mil milhões de euros, e anunciou a criação de um grupo de trabalho ("task force") que vai dar apoio às autoridades cipriotas.
"Estou confiante de que o programa vai resultar, mas, vamos ser honestos. Neste momento, não podemos dizer exatamente qual será o impacto", disse Durão Barroso, quando questionado sobre os eventuais impactos das medidas acordadas.
No que respeita à "task-force", o presidente do executivo comunitário explicou que trabalhará em Bruxelas, contando com uma equipa em Nicósia, e que será coordenada pelo comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn.
"O seu trabalho está focado na competitividade, no emprego e no crescimento", disse Durão Barroso, acrescentando que o grupo de trabalho apresentará à Comissão Europeia e às autoridades cipriotas relatórios trimestrais sobre a evolução do programa.
O presidente da Comissão Europeia fez ainda um apelo a Chipre e aos 27: "Apelo a Chipre para que mostre unidade e responsabilidade na concretização do acordo e apelo a todos os Estados-membros da União Europeia para que mostrem solidariedade para com um país que está a enfrentar desafios excecionais".
A zona euro decidiu esta madrugada proteger os pequenos depositantes cipriotas com a liquidação do banco Laiki e a restruturação do Banco de Chipre, mas vai impor cortes aos grandes depósitos.