Segundo as estimativas do INE relativas ao primeiro trimestre, o PIB cresceu 1,8% face ao trimestre homólogo e 1,1% face ao quarto trimestre de 2009.
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Na primeira estimativa, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apontava para um crescimento do PIB de 1,7% no primeiro trimestre do ano em relação ao período homólogo, e de 1% face aos três meses anteriores.
"O aumento do PIB em termos homólogos no primeiro trimestre esteve parcialmente associado a um efeito base (o PIB no primeiro trimestre de 20089 diminuiu 3,9%), verificando-se uma melhoria do contributo da Procura Interna, que se fixou em 1,4% (-2,2 pontos percentuais no último trimestre de 2009)", refere.
De acordo com o INE, as exportações e importações de bens e serviços aumentaram 8,5% e 5,2% em volume, respectivamente.
Consumo privado aumentou
O consumo privado, por sua vez, cresceu em termos homólogos 2,7%, com a componente de bens de consumo duradouros (automóveis e outro) a registar um "expressivo aumento" face ao ano passado de 15,1%, após a queda de 6,5% verificado no trimestre anterior.
A componente do investimento diminuiu 3,8% em termos homólogos, mas numa variação "claramente menos negativa do que a verificada no trimestre anterior (de 12,6%)", acrescenta o INE.
Nas contas do primeiro trimestre, o INE destaca ainda o crescimento de 4% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Indústria, depois de uma variação homóloga de 5,9% em volume no quarto trimestre de 2009.
"Desta forma, o contributo deste agregado para a variação homóloga do VAB total (incluindo impostos líquidos de subsídios) melhorou significativamente, passando de 0,7% para 0,4% nos quarto e primeiro trimestres, respectivamente", refere.
O emprego total para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido de sazonalidade, diminuiu 1,7% no primeiro trimestre de 2010, uma variação menos negativa também do que a observada no trimestre anterior (-2,8%).
O emprego por conta de outrem, igualmente corrigido da sazonalidade, registou uma diminuição homóloga menos intensa, passando de uma variação de -2,4% no quarto trimestre de 2009 para -0,8% no trimestre seguinte.
Os resultados divulgados pelo INE baseiam-se numa nova série trimestral de Contas Nacionais Portuguesas, consistente com os resultados anuais divulgados em simultâneo para o período 1995 a 2007, alerta o instituto.
INE usou nova metodologia
A nova metodologia utilizada pelo INE determinou uma revisão em alta do nível do PIB português, com as novas contas a revelarem que, em 2009, o PIB caiu 2,6%, contra os 2,7% anteriormente estimados.
As novas contas agora divulgadas incorporam as Contas Nacionais Anuais em base 2006 (antes a referência era o ano 2000) relativas ao período entre 1995 a 2007 e houve melhorias na informação tratada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com a medição através das novas ferramentas cresce o valor criado na economia portuguesa, com a revisão em alta do nível do PIB a ter implicações sobre as variáveis que se medem em percentagem do PIB, como o défice e a dívida públicos, que deverão ser alvo de uma revisão em baixa.