A economia espanhola saiu da recessão no terceiro trimestre do ano, crescendo 0,1% entre julho e setembro, depois de nove trimestres consecutivos de queda, confirmou o Banco de Espanha, esta quarta-feira.
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Os dados avançados no Boletim Económico confirmam anúncios feitos nas últimas semanas por vários membros do Governo, que antecipam que, apesar da retoma no final do ano, 2013 fechará, em termos anuais, ainda com contração económica.
No terceiro trimestre o crescimento ligeiro do PIB deveu-se em grande parte ao contributo positivo do setor exterior (0,4 pontos percentuais) compensando o contributo negativo do consumo interno (0,3 pontos percentuais).
Em termos interanuais, o PIB caiu 1,2%, tendo moderado ligeiramente o ritmo de queda do desemprego, devido a uma ligeira queda intertrimestral de 0,1%.
Um país entra em recessão técnica quando acumula dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, saindo da recessão quando mostra taxas positivas num trimestre.
Ao longo da crise, Espanha entrou duas vezes em recessão e pela primeira vez em 15 anos.
Os períodos de recessão ocorreram entre o terceiro trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2010, voltando à recessão técnica a partir do terceiro trimestre de 2011 e até meados desde ano.
No final de setembro, o ministro da Economia, Luis de Guindos, afirmou que 2014 será o primeiro em que Espanha sentirá "uma certa recuperação de atividade" desde que a crise que começou, em 2008.
A recuperação será "débil e frágil", disse De Guindos, mas que todos os indicadores começam a dar sinais positivos, destacando-se os de produção industrial, de comércio a retalho, os dados de entradas de pedidos e os de expectativas dos agentes económicos.
O quadro económico que serve de base ao Orçamento do Estado aprovado pelo Governo espanhol para 2014 melhora em duas décimas a previsão sobre o PIB, que crescerá 0,7% "em linha com o consenso de especialistas".