O Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol confirmou, esta quarta-feira, que a economia do país saiu da recessão técnica no terceiro trimestre, período em que o PIB cresceu o 0,1% face ao trimestre anterior.
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Dados publicados pelo INE, esta quarta-feira, confirmam a estimativa avançada na semana passada pelo Banco de Espanha.
Em termos homólogos, face ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB espanhol recuou 1,2%, o que representa menos quatro décimas do que o recuo do trimestre anterior.
Na semana passada, o Banco de Espanha explicou que no terceiro trimestre o crescimento ligeiro do PIB deveu-se em grande parte ao contributo positivo do setor exterior (0,4 pontos percentuais), compensando o contributo negativo do consumo interno (0,3 pontos percentuais).
Um país entra em recessão técnica quando acumula dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, saindo da recessão quando mostra taxas positivas num trimestre.
Ao longo da crise, Espanha entrou duas vezes em recessão e pela primeira vez em 15 anos.
Os períodos de recessão ocorreram entre o terceiro trimestre de 2008 e o primeiro trimestre de 2010, voltando à recessão técnicas a partir do terceiro trimestre de 2011 e até meados desde ano.
A economia espanhola já tinha abrandado a sua contração no segundo trimestre do ano, com o PIB a cair 0,1% face ao trimestre anterior e 1,6% face ao período homólogo em 2012, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol.
No final de setembro, o ministro da Economia, Luis de Guindos, afirmou que 2014 será o primeiro em que Espanha sentirá "uma certa recuperação de atividade" desde que a crise que começou, em 2008.
A recuperação será "débil e frágil", disse De Guindos, mas que todos os indicadores começam a dar sinais positivos, destacando-se os de produção industrial, de comércio a retalho, os dados de entradas de pedidos e os de expectativas dos agentes económicos.
O quadro económico que serve de base ao Orçamento do Estado aprovado pelo Governo espanhol para 2014 melhora em duas décimas a previsão sobre o PIB, que crescerá 0,7% "em linha com o consenso de especialistas".