O presidente do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilização, Jeroen Dijsselbloem, pediu, esta quarta-feira, à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu que comecem a analisar a situação económica da Grécia.
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A análise destas duas instituições será a base a partir da qual a zona euro, juntamente com o MEE, também conhecido como fundo de resgate permanente europeu, tomarão a decisão de conceder um novo programa à Grécia e em que condições.
A decisão, que consta duma carta do presidente do Eurogrupo citada pela agência Efe, foi tomada depois de o Governo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter apresentado hoje um pedido formal de um terceiro programa de ajuda financeira ao fundo de resgate da zona euro.
Dijsselbloem pede a ambas as instituições, que integram a 'troika', que "analisem a existência de riscos para a estabilidade financeira da zona euro no seu conjunto ou para um dos seus Estados-membros".
Comissão Europeia (CE) e Banco Central Europeu (BCE) terão também que estudar, em colaboração com o Fundo Monetário Internacional (FMI), "se a dívida pública é sustentável".
Finalmente, CE, BCE e FMI deverão concluir quais são as necessidade de financiamento da Grécia, tanto atuais, como futuras.
De acordo com a Efe, a carta de Dijsselbloem é dirigida ao comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, e ao presidente do BCE, Mario Draghi.
Serão enviadas cópias da missiva ao novo ministro das Finanças da Grécia, Euclides Tsakalotos (que substituiu no cargo Yanis Varufakis), à diretora do FMI, Christine Lagarde, ao diretor do MEE, Klaus Regling, e ao presidente do grupo de trabalho preparatório do Eurogrupo, Thomas Wieser.