As exportações e as importações aumentaram 0,9% e 1,2% respetivamente em 2016, face ao ano anterior, tendo o défice comercial aumentado 281 milhões de euros.
Corpo do artigo
As exportações de bens registaram uma desaceleração face ao acréscimo de 3,7% verificado em 2015, à semelhança das importações de bens que cresceram menos do que em 2015 (2,2%), segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Assim, em 2016 o défice comercial aumentou em 281 milhões de euros para 10,766 mil milhões de euros, refere o gabinete de estatísticas.
Exportações para Espanha, Alemanha e Estados Unidos foram as que mais aumentaram
Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 2,4% e as importações 4,8% em 2016 (4,3% e 7% em 2015) e o défice da balança comercial situou-se em 7,641 mil milhões de euros, correspondente a um aumento de 1,405 mil milhões de euros face a 2015.
Considerando apenas o mês de dezembro, as exportações de bens subiram em termos homólogos 11,8% (7,8% em novembro), sobretudo em resultado das exportações para os países Intra-União Europeia, que cresceram 11,3% (5% em novembro de 2016).
As importações, por sua vez, aumentaram 12,6% (8,7% em novembro) "devido à evolução registada em ambos os tipos de comércio": 8% no comércio Intra-UE (11,9% em novembro) e 29% no comércio extra-UE (2,4% em novembro).
O défice da balança comercial de bens atingiu no último mês do ano os 1,374 milhões de euros, o que representa um aumento de 181 milhões de euros face ao mês homólogo de 2015 e excluindo os combustíveis e lubrificantes situou-se em 950 milhões de euros, mais 84 milhões de euros face a dezembro de 2015.
De acordo com o INE, tendo em conta os principais países de destino em 2015, em dezembro de 2016 registaram-se acréscimos nas exportações em todos esses parceiros face ao mesmo mês de 2015, tendo as exportações para Espanha, Alemanha e Estados Unidos sido as que mais aumentaram.
Já nas importações, dos maiores países fornecedores, em dezembro de 2016 apenas dois países registaram reduções face ao mês homólogo de 2015: Angola (sobretudo devido aos combustíveis e lubrificantes) e Espanha.
Os restantes países registaram aumentos, com maior destaque para a Alemanha, sinaliza o gabinete de estatísticas.
Em termos trimestrais, de acordo com o INE, no quarto trimestre, as exportações de bens cresceram 4,9% e as importações de bens aumentaram 6,4%, face ao período homólogo.