As exportações de têxteis e vestuário portugueses para a China cresceram cerca de 37% nos primeiros oito meses de 2013, ultrapassando os 50 milhões de euros.
Corpo do artigo
"Há uma dinâmica muito positiva neste setor", disse o delegado em Xangai da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Filipe Santos Costa.
Filipe Santos Costa falava a propósito da "Intertextile Xangai 2013', um dos mais importantes certames mundiais do setor, que começou esta segunda-feira na capital económica da China com cerca de 3700 expositores de 35 países e regiões, entre os quais Portugal.
Oito empresas portuguesas (mais duas do que em 2012) participam este ano na feira: Arco Texteis, Gierlings Velpor, Lemar, Riopele, Somelos, Teviz, Têxtil Serzedelo e Troficolor.
Segundo Filipe Santos Costa, "Portugal tem tido sucesso como fornecedor de grandes marcas internacionais", mas "há cada vez mais empresas portuguesas com presença direta na China e a exportar sob as suas próprias marcas".
No ano passado, a diretora executiva da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Sofia Botelho, tinha explicado este crescimento: "Os chineses são fortes na confeção devido à mão de obra barata, mas as marcas chinesas de gama média e alta precisam de mais qualquer coisa que lhes dê valor acrescentado e que as diferencie uma das outras".
"Eles reconhecem-nos como europeus, ao lado dos italianos, com um nível de preços e de qualidade idêntico", acrescentou na altura a especialista, que representa também a Associação Seletiva Moda, o organismo da ATP encarregue de promover o país nas feiras internacionais.
A Intertextile Xangai 2013, que decorre até à próxima quinta-feira, é organizada pela Messe Frankfurt.