As exportações de bens caíram 9,8% no arranque desde ano, comparando com janeiro de 2020 e as importações tiveram uma quebra homóloga de quase o dobro (-17,2%), em termos nominais, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Em dezembro, as exportações tinham caído 7,4% e as importações 6,5%, de acordo com o INE.
Recorde-se que o confinamento geral se iniciou em meados de janeiro, com efeitos em toda a atividade económica do país.
A categoria dos combustíveis voltou a pesar na evolução mais negativa das exportações de bens. "Estas evoluções foram muito influenciadas pelos decréscimos acentuados das exportações e das importações de combustíveis e lubrificantes (-39,3% e -46,1%, respetivamente) e de material de transporte (-10,9% e -6,4%, pela mesma ordem)", detalha o INE.
Mas mesmo excluindo estes produtos, as "exportações diminuíram 7,3% e as importações 12,6% (-3,4% e -2,6%, respetivamente, em dezembro de 2020)", indica o gabinete de estatística.
Depois de terem caído a pique no início da pandemia, em abril do ano passado, registou-se alguma recuperação, principalmente nos meses do verão até novembro, mas o final do ano mostrou uma inversão que se manteve no arranque de 2021.
Salvam-se as Máscaras
O défice da balança comercial atingiu 834 milhões de euros, em janeiro, o que representa uma diminuição de 630 milhões de euros face a igual mês de 2020.
Algumas associações divulgaram o comportamento do comércio externo nos seus setores. No caso da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), refere que as vendas ao exterior totalizaram 410 milhões de euros em janeiro, menos 10% face há um ano. As exportações de vestuário caíram 16%, as de matérias-primas têxteis perderam 5% e as de têxteis lar e outros artigos têxteis confecionados - onde se incluem as máscaras têxteis - aumentaram 9%. Nos componentes automóveis, a queda também foi de 10%, para 814 milhões de euros, segundo a AFIA.
*com T.C.