"Vírus" do digital contagiou várias personalidades vistas como credíveis.
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No dia 16 de novembro, a atriz Maisie Williams, que desempenhou o papel de Arya Stark na série "A guerra dos tronos", perguntou na rede social Twitter se devia investir em bitcoins. Teve milhares de respostas. Mais de metade dos que responderam, aconselharam a atriz a investir. "Obrigada pelo conselho. Comprei mesmo assim", tuitou a atriz, no dia seguinte. Entre os que tinham respondido à pergunta da atriz está Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX - e um habitual comentador no Twitter. "Atire uma bitcoin ao seu "Witcher" (bruxo)", respondeu Musk, fazendo alusão à música da série "The witcher", da Netflix, com um enredo similar ao de "A guerra dos tronos". Musk anunciou em maio que tinha investido em bitcoins, embora com uma posição de apenas 0,25 bitcoins. O anúncio de Musk foi feito num comentário a um tuíte da autora da saga Harry Potter, J.K. Rowling, sobre bitcoins. Musk adiantou, na altura, que "a emissão massiva de moeda pelos bancos centrais" está a fazer "o dinheiro-fantasma bitcoin parecer sólido em comparação". Também a corretora Gemini, dos irmãos Winklevoss (os alegados criadores do Facebook que entraram em disputa judicial com o dono atual da rede social, Mark Zuckerberg), respondeu à atriz de "A guerra dos tronos": "O inverno cripto não está a chegar".
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O presidente executivo do Twitter, Jack Dorsey, também é um dos detentores da bitcoin. Em outubro deste ano, o gestor anunciou, num tuíte, que a sua empresa de pagamentos, Square, investiu 50 milhões de dólares (41 milhões de euros) na compra de um bloco de quase 5000 bitcoins. Dorsey afirmou que acredita que o ativo será um dia a "moeda única" do Mundo. E pretende torná-la mais acessível e útil a milhões de pessoas através da aplicação Cash, da Square.
Em Wall Street, a bitcoin também atrai as atenções de investidores. É o caso de Paul Tudor Jones, cuja gestora de ativos gere uma carteira de 18 mil milhões de euros. Em maio deste ano, anunciou que detinha 1% a 2% dos ativos aplicados em bitcoins. Outro multimilionário que aposta na bitcoin é Michael Novogratz, que investiu cerca de 30% de sua fortuna em criptomoedas. Começou a investir em 2015 e anunciou a criação de um criptofundo de 408 milhões de euros, que inclui 122 milhões da sua fortuna.