FMI afirma que défice para 2014 só será cumprido com cortes estruturais na despesa

Christine Lagarde, diretora do FMI
JONATHAN ERNST/REUTERS
Portugal só conseguirá reduzir o défice para os 4% em 2014 se conseguir implementar os cortes na despesa acordados com a troika após o chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes dos subsídios, considera o Fundo Monetário Internacional.
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De acordo com a publicação 'Fiscal Monitor' esta quarta-feira dada a conhecer pelo FMI, Portugal tem de fazer uma consolidação de 1% do PIB no seu saldo ajustado dos efeitos de ciclo económico no próximo ano.
Este será especialmente complicado tendo em conta que do ajustamento previsto para 2013, cerca de um quarto vem de medidas temporárias, que incluem a reprogramação de fundos estruturais da União Europeia e mesmo alguma da redução da despesa.
Assim, o FMI diz que para que Portugal consiga cumprir a meta com que se comprometeu no próximo ano terá mesmo de conseguir implementar as medidas com que se comprometeu na carta enviada a 03 de maio à 'troika', onde detalhava medidas estruturais que iriam permitir cumprir a meta do défice deste ano e ainda ter impacto nos próximos dois anos.
"Para 2014, está prevista uma consolidação orçamental na ordem dos 1% [do PIB], mas atingir esta meta vai depender de forma crítica da implementação das recomendações na Revisão da Despesa Pública", diz o fundo.
