O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, destacou, esta sexta-feira, a grande adesão dos funcionários públicos à greve convocada pelas estruturas sindicais, salientando que souberam responder com "uma fortíssima mobilização" à "carga pesadíssima" que recai sobre estes trabalhadores.
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À saída de uma reunião com o secretário de Estado dos Transportes, que decorreu no Ministério da Economia, Carlos Silva afirmou que a adesão se refletiu no encerramento de muitos serviços públicos.
"Isto significa que as pessoas da Administração Pública, seja ela Central ou Local, compreenderam a mensagem, aderiram. (Houve) uma fortíssima mobilização", declarou o líder sindical.
Questionado sobre os números da adesão, sublinhou que o essencial não são as percentagens, e sim "a noção de que há hoje na sociedade portuguesa uma fortíssima sensibilidade para matérias que atacam todos os portugueses, mas penalizam mais uns do que outros".
O secretário-geral da UGT considerou que os funcionários públicos têm vindo a ser tratados "nos últimos quatro anos como se fossem os culpados da crise", apontando para a "carga pesadíssima" que incide sobre os trabalhadores do setor público, além dos impostos.
Já o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, tinha dito anteriormente que a greve teve uma das maiores adesões dos últimos anos, traduzindo uma "resposta à altura" dos trabalhadores face às políticas do Governo.
A greve dos funcionários públicos foi marcada pelas estruturas sindicais do setor como forma de protesto contra novos cortes salariais e de pensões e o aumento do horário de trabalho, entre outras medidas.