O presidente da Galp admitiu, esta segunda-feira, fechar postos de abastecimento se o projeto do Governo de inclusão de combustíveis de baixo custo levar a petrolífera "a perder dinheiro".
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Em declarações aos jornalistas, Ferreira de Oliveira disse que ainda não percebeu como é que o Estado pretende incluir combustíveis líquidos de baixo custo ("low cost") nos postos de abastecimento, proposta da maioria parlamentar PSD e CDS-PP que foi aprovada, por unanimidade, no Parlamento, em novembro.
"Não percebemos como é que o Estado vai obrigar uma empresa a vender o que uma empresa não quer vender", declarou Ferreira de Oliveira.
Ainda assim, o presidente da Galp garantiu que "a empresa é cumpridora da lei" e, "se não conseguir, porque significa perder dinheiro, a Galp fecha o posto".
As instalações de abastecimento de combustíveis líquidos e gasosos derivados do petróleo, designados por postos de abastecimento de combustíveis, devem assegurar aos consumidores a possibilidade de livre escolha das gamas de combustíveis líquidos mais económicos, nomeadamente os não aditivados", diz a proposta aprovada por todos os grupos parlamentares.
"Ainda não percebi qual é o formato, mas estamos tranquilos", acrescentou.
Ferreira de Oliveira lembrou que "os portugueses, quando compram gasolina pagam essencialmente impostos", questionando se alguém percebe "porque é que o imposto por um litro de gasolina é maior do que o do gasóleo".
Questionado sobre o conceito de postos de abastecimento de baixo custo que a Galp lançou em 2010 em Setúbal, com a designação "Galp Base", Ferreira de Oliveira explicou que "foi uma experiência em estações de serviço em que a alternativa era fechar" e que " vale a pena como uma alternativa a fechar".