O presidente executivo da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, admite estar preocupado com o momento recessivo atual, reconhecendo que a quebra das vendas de combustíveis está a afetar "tremendamente todos os agentes económicos".
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"Num período recessivo como aquele que estamos a atravessar, o consumo e as vendas diminuem, o que afeta tremendamente todos os agentes económicos, a começar pela Galp Energia, o que nos preocupa", disse o presidente executivo da empresa, à margem da assinatura de um protocolo com a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
Questionada sobre as declarações do presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), de que há 300 postos de abastecimento em risco de sobrevivência, Ferreira de Oliveira disse que "o negócio dos combustíveis é um negócio de grande volume e de pequenas margens".
"As margens unitárias são muito pequenas e toda a rentabilidade está ancorada em grandes volumes", declarou.
O presidente da Galp Energia acrescentou que "os agentes estão em permanente interação para ver o que fazer para atravessar estes períodos difíceis, sobrevivendo"
"Infelizmente há muitos que não estão a sobreviver o que nos preocupa", realçou Manuel Ferreira de Oliveira.
De acordo com os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o consumo de combustíveis rodoviários caiu 6,6% em dezembro, em relação ao período homólogo, sendo os últimos dados divulgados.
De acordo com o responsável, a situação é mais grave nos postos a cerca de 70 quilómetros da fronteira e, na malha urbana, os que estão próximos de hipermercados.
A Galp Energia e a AHP assinaram hoje um protocolo de colaboração que disponibiliza aos associados uma oferta integrada de soluções de energia, baseada no conceito de "hotel energicamente eficiente", desenvolvido pela Galp Soluções de Energia, unidade focada na otimização da eficiência energética.