O ministro das Finanças considerou hoje, em Bruxelas, que as medidas propostas pelo Governo vão "muito ao encontro das preocupações" do PSD, partido que deveria agora olhar para "o interesse do país" e não os seus interesses partidários.
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"Com as propostas que apresentámos vamos muito ao encontro das preocupações que o PSD também tem manifestado no que se refere ao corte das despesas", disse Fernando Teixeira dos Santos à entrada de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro.
O responsável do Governo reconhece que "o PSD fará o que muito bem entender", mas adverte que este partido "não pode perder de vista que o que está em causa é o interesse do país, não são os interesses partidários".
O ministro das Finanças vai informar hoje os parceiros de Portugal na Zona Euro sobre as medidas de austeridade que o Governo conta tomar em 2011.
"O PSD tem estado muito refém dos seus interesses partidários, tem tido quase como que uma obsessão pelo poder e de querer criar uma crise política em torno do orçamento para justificar a quedo do Governo e a sua tomada do poder", declarou Teixeira dos Santos.
Para o ministro, neste momento, a preocupação de todos "deve estar centrada naquilo que o país precisa e que tem de ser feito".
Teixeira dos Santos insistiu que "o Governo apresentou as suas propostas e agora compete à oposição de facto estar à altura do desafio que tem pela frente".
O ministro voltou a referir que da parte da Oposição só tem "ouvido afirmações e sugestões muito vagas", sem adiantarem "medidas concretas".
Por outro lado, o governante está convencido que os portugueses compreendem as medidas propostas pelo Governo.
"São medidas duras, exigentes que impõem sacrifícios a todos e não são de ânimo leve que se tomam", sublinhou Teixeira dos Santos, acrescentando que essas medidas são utilizadas "como arma de último recurso".