O Governo vai apresentar até 13 de abril um projeto de rescisões amigáveis na função pública para os assistentes técnicos e operacionais de alguns setores que oferece até mês e meio de indemnização por cada ano de trabalho, revelou o STE.
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À saida da reunião desta quarta-feira no ministério das Finanças, Bettencourt Picanço, do STE, que lidera a Frente Sindical, disse que o novo projeto vais ser apresentado na próxima reunião com os sindicatos, marcada para 13 de abril.
"Vai apresentar um projeto que vai para além de um mês por cada ano de trabalho e pode negociar ainda outras contrapartidas", afirmou o dirigente sindical, precisando ainda não estarem definidos os setores aos quais pertecem os assistentes técnicos e operacionais que vão ser abrangidos pelas rescisões amigáveis.
Bettencourt Picanço disse que o Governo frisou, na reunião de hoje, que não se trata de um despedimento coletivo, mas o sindicato defende que "nenhum funcionário da administração pública pode estar tranquilo, pois 'gato escaldado da água fria tem medo'".
O sindicalista adiantou que, na reunião, o Governo disse "não ter meta" para a quantidade de rescisões amigáveis na função pública e que "não tem intenção de alterar os horários dos funcionários", mas ressalvou que estas propostas estão no documento apresentado terça-feira pelo ministro das Finanças.
Os suplementos remuneratórios da função pública vão também ser abordados no documento a apresentar a 13 de abril, mas Bettencourt Picanço ressalvou que o Governo esclareceu que a sua intenção era fazer um levantamento desses suplementos.
"Nós pensávamos que o Governo sabia dos suplementos", comentou o dirigenet sindical.