O Conselho de Ministros aprovou as condições da Oferta Pública de Venda e o caderno de encargos da venda direta institucional dos CTT - Correios de Portugal.
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Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a Parpública fica autorizada a alienar um número de ações representativas de uma percentagem de "até 70% do capital social" dos CTT.
Esta venda será feita através da realização das seguintes operações: OPV no mercado nacional e "venda direta a um conjunto de instituições financeiras, que ficam obrigadas a proceder à subsequente dispersão das ações nos mercados de capitais".
Do conjunto de ações destinado à OPV, um lote representativo de até 5% do capital será reservado à aquisição por trabalhadores.
O Conselho de Ministros aprovou também a constituição da comissão especial de acompanhamento da privatização dos CTT, que vai "apoiar tecnicamente o processo" e "garantir a cabal observância dos princípios da transparência, do rigor, da isenção, da imparcialidade e da melhor defesa do interesse público".
Os membros desta comissão serão nomeados por despacho, nos termos da lei-quadro das privatizações.
O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações afirmou, na quarta-feira, que a privatização dos CTT através da dispersão em bolsa era "o cenário central" que o Governo estava a trabalhar, mas referiu que ainda não havia "confirmação oficial".
O Diário Económico noticiou na segunda-feira que, além do Grupo Urbanos, estão na corrida à privatização dos CTT os Correios do Brasil, o Grupo Rangel, aliado ao Montepio Geral, o empresário Paulo Fernandes, o fundo Apax Partners Private Equity Investment Group Fund e "outros dois/três fundos de investimento".
O presidente da Urbanos, Alfredo Casimiro, disse à Lusa na segunda-feira que o grupo vai concorrer à privatização dos CTT - Correios de Portugal, em parceria com a Shuaa Capital (banco de investimento com base no Dubai), oferecendo entre 500 e 600 milhões de euros pela totalidade da empresa.