Imigrantes são decisivos. A mão de obra que falta é de gente qualificada. Empresários já fazem contratos mais longos antes do pico do verão e formam trabalhadores.
Corpo do artigo
Os hotéis e os restaurantes em Portugal estão hoje com equipas mais estáveis para enfrentar o verão. Pelo menos é isso que afirma a maioria das associações do setor do turismo com as quais o JN falou. Apesar de a situação ter melhorado no último ano, continua a ser difícil recrutar pessoas para trabalhar por turnos, à noite, aos fins de semana e feriados, sobretudo após a pandemia. Contratar “mais tempo e mais cedo”, ter remunerações competitivas e dar formação a quem não tem experiência são algumas das estratégias usadas pelos empresários. Dada a elevada procura turística, os estabelecimentos amparam-se na mão de obra imigrante para manter as portas abertas.
“Não temos oferta de sobra, mas [a dificuldade de recrutamento] não está tão grave como há dois anos. As equipas estão constituídas”, adianta o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Hélder Martins explica que os hoteleiros começaram a contratar “mais cedo” para o verão e a fazer contratos mais longos de um ano ou dez meses, para assegurar o trabalho todo o ano. Para a época alta, “recorrem às empresas de trabalho temporário”, diz.