Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois, cinco e 10 anos negoceiam em novos máximos históricos, no dia em que o Estado volta ao mercado para mais dois leilões de dívida de curto prazo.
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Às 8.30 horas, os juros exigidos para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dois anos negociavam, em média, nos 10,172%, um novo máximo histórico e acima dos 10,139% registados na terça-feira, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
O 'spread' face à dívida alemã nesta maturidade atingia os 832,8 pontos base.
Também os juros exigidos pelos investidores para deterem títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociavam, em média, nos 10,778%, atingindo um novo máximo histórico, enquanto o 'spread' face à dívida alemã chegava aos 808,4 pontos base.
A taxa a dez anos, negociava nos 9,127%, também a tocar um novo máximo histórico, e o 'spread' face à dívida alemã atingia os 580,9 pontos base.
Os juros continuam desta forma a subir no dia em que a 'troika' do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia se reúne com as confederações patronais.
Além disso, o Estado volta hoje ao mercado para mais dois leilões de Bilhetes do Tesouro com maturidade a três meses e seis meses onde espera arrecadar entre 750 e mil milhões de euros de dívida.
Segundo analistas contactos pela Lusa, trata-se de um leilão que "não é determinante, mas sim de tesouraria", mas onde Portugal deverá conseguir colocar o montante que pretende.
Nas duas linhas com maturidade em Julho e Novembro deste ano, o Estado pretende vender entre 750 e mil milhões de euros de dívida, sendo o montante mínimo estabelecido nos 300 milhões de euros por cada linha.