Os juros da dívida em Portugal estão pressionados a 2 e 5 anos, enquanto na Grécia atingiram máximos históricos nos 77,411% e 30,475%, respectivamente.
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Apesar de o diário alemão "Financial Times Deutschland", citando fontes do grupo parlamentar democrata-cristão alemão, avançar que a Alemanha está disposta a alargar o Fundo de Estabilização Financeira de 400 mil milhões para um bilião de euros, a "incerteza sobre os resultados da próxima Cimeira Europeia mantém-se", segundo os analistas, que consideram que "os investidores estão agitados, pois receiam um contágio a países como a Espanha, Itália e mesmo a França".
Pelas 09.37 horas, os juros exigidos pelos investidores para comprar títulos soberanos a cinco anos estavam a transaccionar nos 14,829%, acima dos 14,671% da média da sessão de terça-feira, enquanto o 'spread' face à dívida alemã (referencial para a Europa) atingia os 1.357 pontos base.
Também a dois anos, os juros estavam também a subir, com as taxas cobradas pelos investidores para transaccionar dívida portuguesa a fixarem-se nos 17,538%, contra os 17,508% do dia anterior. O 'spread', neste prazo, situava-se nos 1.693 pontos base.
Na maturidade dos 10 anos, os juros avançavam para os 11,936% (face aos 11,890% de terça-feira) com o 'spread' nos 986,1 pontos base.
A mesma tendência da dívida pública portuguesa registava-se na Grécia, com os juros a subirem nas maturidades a 2 e 5 anos, atingindo novos recordes históricos.
A dois anos, no mercado secundário, a dívida grega situava-se nos 77,411%(face aos 76,449% de terça-feira), enquanto que a cinco anos, os juros subiam dos 30,385% para os 30,475%.
A 10 anos, a dívida soberana da Grécia avançava, com os juros a fixarem-se nos 24,546%, contra os 24,275% da última sessão.