A coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins disse que a bandeira do partido neste Dia do Trabalhador, "o primeiro após a saída da troika", é a lei das 35 horas semanais.
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Catarina Martins falava em frente à sede do Bloco de Esquerda (BE), em Lisboa, de onde partiu a comitiva bloquista para a manifestação do dia do trabalhador da CGTP.
"Hoje o BE comemora este 1.º de Maio lembrando como foi sempre a luta de quem trabalha, criando mais direitos, mais igualdade, mais justiça e hoje também trazemos para a rua uma bandeira que para o BE é muito importante, que é a das 35 horas de trabalho semanal para todos, não só para o público, mas também para o privado", disse Catarina Martins.
Porque é preciso criar emprego, mas é também preciso dividir o trabalho que há, acrescentou, sublinhando haver muita gente que trabalha horas a mais por muito pouco salário "e com isso não consegue ter uma vida minimamente equilibrada", enquanto há também muita gente "sem emprego e a precisar desse trabalho".
"A justiça, a democracia, a igualdade começam por aqui: distribuir o trabalho por uma possibilidade de uma vida justa em que todas as dimensões, da vida pessoal, da vida do trabalho e do lazer podem ser combinadas", sustentou.
Para a dirigente do Bloco, a "espiral do puxar para baixo os direitos do trabalho e os salários só têm enterrado o país".
Razão por que - defendeu - está na altura de "reconstruir o bom que tem o trabalho, que tem a solidariedade que é a dignidade de quem trabalha" numa altura em que a troika já não está em Portugal.