Macário Correia teme que caos nas portagens se repita no verão e afaste os espanhóis
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve disse, esta segunda-feira, temer que a situação registada na Ponte do Guadiana esta Páscoa se repita no verão, provocando a dispersão de turistas espanhóis.
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Antevendo uma maior afluência de espanhóis ao Algarve no período de Páscoa, a Estradas de Portugal e a Via Verde colocaram funcionários na Ponte do Guadiana para ajudar na compra de títulos que permitem viajar na Via do Infante (A22).
Mesmo assim, formaram-se filas de grande dimensão na fronteira entre o Algarve e a Andaluzia, com os espanhóis a queixarem-se da complexidade do sistema de pagamento de portagens na A22, que liga Vila Real de Santo António a Lagos.
"Arriscamo-nos a que aquilo que aconteceu episodicamente num fim de semana de Páscoa se repita no próximo verão, o que seria caótico", disse Macário Correia (PSD) à Lusa, lembrando que este vai ser o primeiro verão com portagens na A22.
Segundo o presidente da Câmara de Faro, criar obstáculos à entrada de espanhóis no verão "é a melhor maneira de mandar as pessoas embora", pois quem espera em filas e não vê o problema resolvido "fica com pouca vontade de voltar".
"Nós em vez de estarmos de braços abertos a acolher pessoas de forma rápida, estamos a criar obstáculos para que não entrem no Algarve", lamenta, sugerindo que o ideal seria que os visitantes espanhóis "não pagassem".
Contudo, sublinha, "se é impossível de os isentar", o Governo e a Estradas de Portugal devem criar um mecanismo que seja fiável e rápido, já que esta imagem "não se pode repetir", dado que "as fronteiras na Europa caíram em desuso".