<p>A adesão dos professores à greve geral é a maior de sempre numa paralisação não sectorial, assegura o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, sublinhando que há "cidades inteiras sem aulas". </p>
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Mário Nogueira disse que a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) não tem ainda números da adesão à greve dos docentes, mas garantiu que em vários pontos do país alcançou os 80 a 90%.
"Como há dias sem carros, hoje é um dia sem aulas", afirmou o líder da maior estrutura sindical do sector da educação, que falava aos jornalistas em Lisboa,junto à EB 2.3 Marquesa de Alorna, encerrada devido à greve.
Mário Nogueira acrescentou que há agrupamentos de escolas que reúnem todos os alunos de um concelho que não estão a ter aulas, como acontece nos distritos de Beja e Évora.
"Há cidades inteiras sem aulas, cidades grandes como Viana do Castelo, Covilhã e Castelo Branco", acrescentou o líder da Fenprof. "Dos trabalhadores docentes e não docentes houve uma resposta grandiosa à greve", salientou Mário Nogueira.
"Onde foi possível fazer a recolha, os dados que chegam são de grande adesão nos jardins de infância, no primeiro ciclo do ensino básico, nas EB 2-3, nas secundárias, nas instituições de ensino especial, no ensino superior e também no ensino particular", acrescentou o secretário-geral da Fenprof.
A CGTP e a UGT realizam hoje uma greve geral conjunta contra as medidas de austeridade, anunciadas pelo Governo em Setembro, que têm como objectivo consolidar as contas públicas, entre as quais os cortes de salários nos trabalhadores do Estado, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA.
Esta é a segunda greve geral marcada pelas duas centrais. A primeira realizou-se há 22 anos contra o pacote laboral.