A maioria dos gregos considera positivo o acordo alcançado na segunda-feira entre a Grécia e o Eurogrupo e defende que deve ser aprovado pelo parlamento.
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O parlamento grego deverá submeter o documento à votação dos deputados ainda esta quarta-feira à noite.
Apesar dos sacrifícios que vai implicar para uma população submetida desde 2010 a duras medidas de austeridade, 51,5% dos gregos considera "positivo" o acordo anunciado na manhã de segunda-feira, após 19 horas de negociações, enquanto 47,1% emite opinião contrária.
Neste estudo da empresa de sondagens Kappa Research para o diário To Vima (A Tribuna, centro-esquerda), 72% considera que o acordo era necessário para o país e não havia alternativas, contra 25,3% que não partilha essa opinião.
Ao serem questionados sobre a responsabilidade pelas novas medidas de austeridade que em princípio vão ser aplicadas, 48,7% referiram que os parceiros europeus não demonstraram compreensão pelos problemas da Grécia, enquanto 44,4% considera que o Governo grego cometeu erros e perdeu muito tempo.
Sobre a votação que desta quarta-feira no parlamento sobre o princípio deste acordo, 70,1% dos entrevistados pensa que deve ser aprovado, enquanto 25,3% defende a sua rejeição.
À pergunta sobre que opção preferia caso o Governo deixe de garantir maioria parlamentar devido a dissidências internas, 64,5% opina que deveria formar-se um novo governo sem convocar eleições, ao contrário de 31,2% que defende um novo escrutínio.
No caso de um novo governo, 68,1% afirma que pretende manter Alexis Tsipras no cargo de primeiro-ministro, contra 22,6% com opinião contrária.