Reivindicações de aumentos salariais estiveram na base da maior parte das greves realizadas no país, entre 1986 e 2007, mas com muito pouca eficácia prática, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.
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Nas duas décadas, somaram-se mais de cinco mil paralisações de trabalhadores, especialmente durante o início dos anos 90, sendo que praticamente metade teve como objectivo pedir melhores salários.
A segunda grande causa de greve foi a luta por melhores condições de trabalho, que ganhou importância nos últimos anos. O mesmo sucedeu com a reivindicação de formação profissional dos trabalhadores. Os processos de regulamentação colectiva justificaram apenas cerca de 5% das paralisações.
Consequências práticas
Poucas vezes, contudo, a greve permitiu atingir o objectivo proposto, continua o Ministério do Trabalho, que se baseia nas declarações prestadas pelas entidades patronais.
De acordo com a estatística, só cerca de um décimo das reivindicações foi aceite, após uma greve. São pouco mais os casos de aceitação parcial, já que a esmagadora maioria acabou totalmente recusada pelas entidades patronais.