Mais de meio milhão de passageiros do metro de Lisboa afetados pela Greve Geral
Mais de 550 mil passageiros do Metropolitano de Lisboa deverão ser afetados pela greve geral de quinta-feira, uma vez que os serviços mínimos definidos não abrangem a circulação das composições.
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"Sendo a média de passageiros transportados diariamente pelo metro de cerca de 550 mil, prevê-se que a greve afete um número um pouco superior, uma vez que a paralisação terá impacto na exploração a partir das 23:20 do dia 21 de março [quarta-feira]", afirmou fonte oficial do Metropolitano, em resposta escrita às questões colocadas pela Lusa.
Com a greve, a empresa deixa de vender bilhetes e tem de informar os passageiros, o que corresponde a uma quebra de receita de "aproximadamente 90 mil euros", segundo a mesma fonte.
Mas em dia de greve há custos que o Metropolitano de Lisboa deixa de ter, nomeadamente com a operação/circulação de comboios, com a energia e com as remunerações dos colaboradores que aderem à paralisação, acrescentou a fonte oficial do Metropolitano, sem adiantar um valor.
Além dos passageiros do Metropolitano de Lisboa, também os utentes da Carris, da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), da CP, da Transtejo e da Soflusa terão um dia mais complicado do que o habitual devido à greve geral.
Para a Transtejo e a Soflusa, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social não definiu serviços mínimos.
Já a Carris, a STCP e a CP terão serviços mínimos durante a paralisação.
A greve geral da próxima quinta-feira é a oitava convocada pela CGTP. O protesto surge contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade e surge quatro meses após a última greve geral.
Desta vez a UGT não se junta ao protesto, ao contrário do que aconteceu a 24 de novembro de 2011 e de 2010, porque a central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, Crescimento e Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral.