O malparado no crédito concedido às empresas aumentou 158 milhões de euros de Abril para Maio, tendo o imobiliário passado a ser o que mais contribuiu para o total, superando a construção.
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De acordo com o Boletim Estatístico divulgado hoje, quarta-feira, pelo Banco de Portugal, o crédito considerado de cobrança duvidosa situava-se em Maio nos 5.262 milhões de euros, contra os 5.104 milhões registados em Abril.
O malparado representava em Maio 4,48% do total do crédito concedido às empresas.
O valor emprestado aumentou por sua vez 586 milhões de euros de Abril para Maio, para os 117.368 milhões de euros.
O imobiliário passou a ser em Maio o sector que mais contribuiu para o crédito considerado de cobrança duvidosa, com um aumento de 94 milhões de euros, situando-se nos 1.530 milhões de euros.
Este é também o sector ao qual foi concedido maior valor em empréstimos, 41.322 milhões de euros em Maio, o que representa um aumento de 283 milhões face a Abril.
O sector da construção, que em Abril era o que mais contribuía para o malparado nos empréstimos às empresas, registou em Maio 1.432 milhões de euros de crédito considerado de cobrança duvidosa, menos 33 milhões de euros que em Abril.
O valor emprestado em Maio reduziu-se também em 19 milhões de euros, para os 22.328 milhões de euros.
No comércio, o terceiro sector que mais contribui para o total, o valor do malparado subiu para 1.005 milhões de euros face a Abril, mais 25 milhões, enquanto que o valor emprestado a este sector subiu 101 milhões, para os 15.828 milhões de euros.
Estes três sectores são responsáveis por mais de 75% do malparado nos empréstimos às empresas.