Maria Luís Albuquerque diz que alterações à lei para viabilizar resolução do BES foram "cirúrgicas"
A ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, disse esta quarta-feira que as alterações à lei que viabilizaram a medida de resolução aplicada ao BES foram "cirúrgicas" e feitas a pedido do Banco de Portugal.
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As alterações feitas no Conselho de Ministros de 31 de julho, quinta-feira, e num Conselho de Ministros eletrónico de 3 de agosto, domingo, dia em que foi anunciada a solução para o banco, foram "cirúrgicas" e consistiram em antecipações a alterações à lei que já estavam previstas, disse a governante.
Maria Luís Albuquerque falava na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser ouvida desde as 15 horas.
A comissão de inquérito arrancou na segunda-feira (dia 17 de novembro) e terá um prazo de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado, e tem por intuito "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos, as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".
A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.