O Ministério da Economia garantiu hoje, domingo, que a sua única preocupação é assegurar que "nenhum cliente da Marsans seja prejudicado", reagindo assim às críticas feitas esta tarde pela APAVT.
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A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) criticou hoje o ministro da Economia, Vieira da Silva, por ser "quase um porta-voz da Marsans" e anunciou a abertura de um processo disciplinar à agência espanhola.
"A única preocupação é que nenhum cliente da Marsans seja prejudicado", disse fonte oficial do Ministério da Economia.
Na sexta feira, o ministro disse aos jornalistas ter "garantias" de que a Marsans vai "continuar a trabalhar no sentido de que as viagens que estão negociadas sejam concretizadas".
De acordo com o ministro da Economia, "há uma coisa que falhou - a empresa, nos seus compromissos com os consumidores" que compraram viagens. "É aí que está a falha, não se pode dizer que falhou na sua totalidade, mas tem tido dificuldade em manter os seus compromissos", acrescentou o governante.
De acordo com Vieira da Silva, o seu ministério tem "trabalhado com a empresa no sentido de assegurar os direitos dos consumidores" e a agência de viagens assegurou que "estão já garantidas as viagens até à próxima segunda feira".
"Vamos esperar e ver se a empresa consegue, de fato, resolver o problema e, se não conseguir, activaremos todos os recursos que a legislação permite para que os interesses dos consumidores sejam defendidos", assegurou.
Questionado sobre como poderão ser satisfeitos os 260 pedidos de indemnização já apresentados pelos clientes que não conseguiram realizar as viagens contratadas quando a caução paga pela Marsans é de apenas 25 mil euros, o ministro afirmou que a caução é apenas "uma parte dos instrumentos que existem para dar resposta aos interesses dos clientes".