O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, afirmou, este sábado,que o objetivo de crescimento suplementar fixado até 2019 para o G20 será "difícil de alcançar", após a primeira reunião de banqueiros centrais do grupo das 20 maiores economias.
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Os ministros das Finanças do G20 fixaram como meta aumentar o valor do produto interno bruto (PIB) dos países que compõem a organização em 2% suplementares nos próximos cinco anos, o que representa um crescimento da economia mundial em mais de 2 mil milhões de dólares. Este objetivo foi fixado na reunião anterior, que decorreu em fevereiro, em Sidney.
Mas depois do debate deste sábado, que reuniu ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 em Cairns, Austrália, Michel Sapin disse aos jornalistas que será "difícil alcançar" aquela meta, tendo em conta "a situação atual".
O ministro explicou que se trata de uma "espécie de contradição" entre "o famoso objetivo de dois pontos do PIB ao longo dos próximos cinco anos" e a dificuldade em alcançar a meta.
"Estamos num momento em que quase todas as perspetivas de crescimento foram revistas em baixa", afirmou o governante francês, acrescentando que muitos dos intervenientes da reunião do G20, que termina no domingo, tinham afirmado que "o fraco crescimento na zona euro é motivo de preocupação".
Os ministros das Finanças do G20 encontram-se este fim de semana na Austrália com o objetivo de definir uma estratégia para um crescimento global de 2%, ao mesmo tempo que lidam com uma difícil recuperação da zona euro.
Fortalecer o crescimento global, criar empregos e garantir que a economia mundial é mais resistente a futuros embates são as grandes prioridades do G20, atualmente presidido pela Austrália.