Paulo Portas considera inaceitável pacote de medidas do e pede esclarecimentos
O líder democrata cristão, Paulo Portas, considerou hoje, quinta-feira, inaceitável o pacote de medidas anunciadas pelo Governo para o Orçamento do Estado para 2011, e disse que avaliará a disponibilidade do Executivo para alternativas ao aumento de impostos.
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"Aquilo que entregaram ontem [quarta feira] para nós não é aceitável. Por isso o CDS vai fazer 40 perguntas concretas e verificar a disponibilidade do Governo para fazer alterações", declarou Paulo Portas.
O líder democrata cristão disse que só dará uma resposta definitiva sobre a posição do partido face ao OE para 2011 depois de receber as respostas do Executivo e avaliar a disponibilidade do Governo para outras medidas "em alternativa" ao aumento de impostos e das contribuições.
"Ao declarar o que declarou, o Governo declarou o seu fracasso. Os portugueses foram enganados por um Governo que dizia ter as contas em ordem, negava a gravidade do endividamento, nunca deu prioridade à despesa, prometeu o que no poder tirou, e de cada vez que prometeu não aumentar impostos, voltou a aumentá-los", criticou.
Para Paulo Portas, a política do Governo está esgotada e prova disso é "o facto de o ministro das Finanças ter ontem falado apenas de finanças públicas" e "ter esquecido" a economia e a criação de emprego.
"Um orçamento de aumento de impostos, de aumento das contribuições, de ataque às pessoas mais pobres e que ao mesmo tempo nada diz sobre as empresas públicas, nada diz sobre as empresas municipais, nada diz sobre os consumos intermédios do Estado (...) um orçamento assim, nos termos em que foi apresentado, para nós não é aceitável", reiterou.
Uma das primeiras perguntas a dirigir ao Governo, disse, é se "está disponível para, em alternativa ao aumento de impostos e das contribuições, fazer uma redução dos conselhos de administração das empresas públicas, institutos e fundações públicas".