O PCTP/MRPP reagiu ao anúncio de novas medidas de austeridade apelando à realização de uma "greve geral nacional pelo derrube do Governo".
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"Para o PCTP/MRPP chegou o momento de a classe operária, os trabalhadores, os jovens e os desempregados rejeitarem a via do oportunismo e da capitulação expressa em manifestações fracassadas e imporem às organizações sindicais a convocação, preparação rigorosa e realização de uma greve geral nacional pelo derrube do governo e da política de bloco central", escreve o partido em comunicado.
Para o PCTP/MRPP, as "medidas celeradas" adoptadas pelo Governo "representam uma inaceitável provocação aos que (sobre)vivem exclusivamente da venda da sua força de trabalho", bem como "aos desempregados, milhares deles sem subsídio de desemprego, e pensionistas, todos já a sofrer com os PEC".
No comunicado, o partido refere que "sempre sob o demagógico, chantagista e já pestilento pretexto de que os enormes e brutais sacrifícios impostos aos operários e trabalhadores são inevitáveis em nome do interesse nacional, do país e dos compromissos assumidos por Portugal em matéria de défice orçamental, o Governo do PS de Sócrates, com a generosa compreensão de todos os restantes partidos da chamada oposição, pretende sistematicamente escamotear que o interesse nacional de que fala é exclusivamente a preservação da zona euro e dos interesses do grande capital monopolista europeu sob a hegemonia da Alemanha".
Para o Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses as medidas apresentadas pelo governo, que "não beliscam as posições dos grandes capitalistas e da Banca", terá como consequência "aumentar ainda mais o desemprego" e "a redução do já débil poder de compra e um inevitável alastramento da fome e da miséria".