Pelo menos 179 escolas encerraram hoje, quarta-feira, devido à greve geral, segundo os dados ainda provisórios da Federação Nacional dos Professores.
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Em comunicado, a Fenprof avança que houve uma "grande adesão" dos professores ao protesto nacional, "com um impacto fortíssimo nas escolas que, um pouco por todo o lado, se encontram encerradas".
"Há localidades, incluindo capitais de distrito, onde não se encontram escolas abertas", salienta a federação dos professores.
Pelos dados provisórios são pelo menos 179 as escolas e agrupamentos de escolas que não abriram, havendo ainda outros estabelecimentos de ensino que se encontram abertos mas sem aulas.
"Do Pré-Escolar, Básico, Secundário, Especial, Superior e Investigação Científica chegam dados que permitem afirmar, desde já, que é muito forte a adesão dos profissionais a esta greve geral o que permite concluir que, de uma forma inequívoca, se rejeitam as políticas que o Governo vem desenvolvendo, geradoras de injustiças, e se exige uma profunda mudança no seu rumo", acrescenta o comunicado.
A Fenprof explica que "a forte adesão à greve por parte dos docentes, incluindo muitos directores e outros elementos das direcções das escolas, dificulta o levantamento dos dados de adesão", continuando este trabalho a ser feito ao longo do dia.
"Para esta fortíssima adesão contribuem também as medidas que, na Assembleia da República, foram aprovadas com o voto do PS e a abstenção do PSD e se repercutem no roubo de parte do salário, em novo congelamento das progressões, em novo roubo de tempo de serviço, em novo agravamento da carga fiscal, em perda ou redução de apoios sociais, mas também no agravamento das condições de organização e funcionamento das escolas que se poderão refletir na qualidade do ensino e na perda de emprego para cerca de 30 mil docentes", refere ainda o comunicado.