Pensões ao nível da inflação tiravam à Segurança Social 13 anos de sustentabilidade
O apoio de 50% da pensão que será atribuído em outubro, para combater o aumento da inflação, lançou para o debate público a fórmula de cálculo do aumento das reformas. Uma atualização em linha com a inflação atual significaria "13 anos a menos de vida da sustentabilidade da Segurança Social", explica a ministra Ana Mendes Godinho.
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A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social salientou, esta quinta-feira, no Fórum TSF, que os apoios anunciados pelo Governo para os reformados, para combater a inflação, "exigem de nós não hipotecar o futuro coletivo através de aplicações automáticas" na atualização das pensões.
"Não há corte absolutamente nenhum", reiterou Ana Mendes Godinho, em linha com a garantia do primeiro-ministro, António Costa, na quarta-feira, em Faro.
"Ninguém pode por em risco nem a vida dos pensionistas atuais", nem dos futuros, "assumindo decisões para 2024 quando não sabemos o que vai acontecer em 2023", justificou.
A governante explicou ainda que, se se aplicasse a fórmula automática do aumento das pensões, em linha com a inflação, tal significaria "13 anos a menos de vida da sustentabilidade da Segurança Social".
A propósito deste tema, Ana Mendes Godinho disse que o Governo criou, há dois meses, uma comissão de peritos para avaliar a sustentabilidade da Segurança Social para decidir qual o "caminho a seguir" e debater a "diversificação de fontes de financiamento".
"Tudo o que queremos é que não haja precipitações que ponham em risco as gerações futuras", acrescentou a ministra no Fórum TSF.