A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas exigiu, esta sexta-feira, ao Governo a suspensão de portagens nas ex-SCUT até existirem "vias alternativas dignas desse nome", porque os custos vão causar o encerramento de muitas empresas.
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Em comunicado, a Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) considera que com o pagamento de portagens na A22, A23, A4 e A25 "aumentam de imediato os custos do exercício nas actividades que necessitam de utilizar estas vias".
A confederação afirma que, na prática, não existem vias alternativas, dando o exemplo de ser "necessário concluir de uma vez por todas uma obra iniciada há décadas, o IP2, concretizando uma via alternativa no interior".
"A utilização dos inadequados percursos que se pretendem que sejam alternativos, atravessando constantemente localidades, por vias com pisos de má qualidade, levam ao acréscimo de quilómetros a percorrer, também a mais horas de viagem, maior desgaste de viaturas e aumento da fadiga, logo a maior insegurança na estrada", afirma a confederação, referindo ainda que "os pisos das pretensas alternativas" não estão preparados para um aumento de tráfego.
A CPPME entende que, "colocando na balança os prós e os contras do pagamento das portagens, sem alternativas com condições", a introdução de portagens nas ex-SCUT tem efeitos mais negativos do que positivos.
"Com as portagens, muitos deixarão de vez as suas terras ao abandono, aumentando a desertificação, contribuindo para o agravar das assimetrias regionais", conclui.