O ministro da Economia e Finanças italiano, Giulio Tremonti, anunciou, esta quarta-feira, que o plano de austeridade será "reforçado" e "aprovado até sexta-feira" no Parlamento para acalmar os mercados financeiros.
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"O decreto sobre equilíbrio orçamental será reforçado ao longo dos quatro anos", de 2011 a 2014, e será aprovado até sexta-feira pelo Parlamento, declarou o ministro numa assembleia da associação bancária italiana em Roma.
O projecto aprovado pelo Governo a 30 de Junho deverá permitir a Itália alcançar o equilíbrio orçamental em 2014, reduzindo o défice de 4,6 por cento em 2010 para 0,2 por cento do PIB em 2014.
A Itália tem uma dívida pública de perto de 1900 mil milhões de euros (cerca de 120 por cento do PIB), uma das mais elevadas do mundo em valor absoluto.
Em resposta a um apelo à unidade do Presidente italiano, Giorgio Napolitano, e do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, maioria e oposição chegaram a acordo para acelerar a adopção do plano no Parlamento.
O plano de austeridade deve ser votado na quinta-feira no Senado e na sexta-feira na Câmara dos Deputados.
Tremonti afirmou que as causas da dívida "não são problema de um único país, mas da arquitectura global da Europa" e denunciou a ausência de resposta política à crise financeira de 2008, alegando que esta se reflectiu nas contas públicas.
"Tudo o que causou a crise ainda está aí. Não se aplicaram novas medidas. Foram três anos perdidos", acrescentou.