Os preços dos planos pós-pagos para telemóveis eram, em 2010, superiores à média de 15 países-membros da União Europeia. A margem então registada cresceu entre 1% e 2%, revela um estudo da Autoridade da Concorrência, divulgado esta segunda-feira.
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O preço de planos pós-pagos em Portugal era, em 2010, o terceiro mais elevado da UE15, correspondendo a 40,4 euros mensais. Este valor superior em 37% à média europeia, é cerca de quatro vezes maior que o valor mais baixo e 13% inferior ao país com um custo mais elevado.
Para os clientes com planos pré-pagos, o cabaz era no ano passado o sexto mais barato com um preço de 10,3 euros mensais, inferior à média em 14%, no entanto a subida de 2% no ano passado aproximou o preço da média europeia.
A seguir aos italianos, os portugueses foram os europeus com maior uso do serviço móvel, no seio da Europeia, com uma taxa de penetração de 152% em 2010, o que corresponde a uma média superior a um cartão e meio por habitante.
Portugal foi também, no ano passado, o segundo país com maior percentagem de clientes de planos pré-pagos (72%), mais uma vez logo a seguir à Itália.
"Em relação ao nível de concentração de mercado, Portugal era dos países onde os dois principais operadores (TMN e Vodafone) apresentavam uma quota conjunta mais elevada (83%), e em crescimento face a períodos anteriores", destaca a Autoridade da concorrência no estudo, classificando a estrutura do mercado português como "bastante concentrada".
Quanto ao preço das chamadas de telefone fixo, o estudo conclui terem sido inferiores à média europeia, sendo que as chamadas nacionais registaram uma queda acentuada, enquanto as chamadas locais mantiveram o preço.
O serviço de acesso à banda larga teve no ano passado uma taxa de penetração das mais baixas da UE15, de 21%, estando o preço do acesso em banda larga fixa alinhado com a média da UE15, mas para as velocidades entre os 15 e os 30 Mbps o preço de uma subscrição estava 3% abaixo da média europeia.
Para as velocidades mais rápidas (superiores a 45 Mbps), o preço em Portugal era substancialmente elevado, sendo o segundo no ranking dos mais elevados entre os 15 Estados-Membros e distando da média da UE15 em 75%.