O vice-primeiro ministro Paulo Portas considera que o relatório do Inspeção-Geral das Finanças aponta questões sérias sobre o funcionamento da Autoridade Tributária e sobre quem manipula os dados dos contribuintes.
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"(...) O relatório coloca questões sérias sobre o funcionamento da AT. Questões sérias quanto aos utilizadores internos e questões sérias quanto aos utilizadores externos. Todas estas matérias têm de ser objeto de regulação firme e impedimento de abusos e garantia para os contribuintes, todos, e cada um deles, que os seus direitos estão protegidos", disse aos jornalistas Paulo Portas.
O vice-primeiro-ministro fez estas declarações à margem da Conferência "Português: língua de oportunidades", organizada no âmbito dos 150 anos do "Diário de Notícias", na qual participou.
Divulgadas na terça-feira, as conclusões do inquérito da IGF à atuação da Autoridade Tributária confirmaram que existiu no Fisco, por mais de cinco meses, um sistema que monitorizava o acesso aos dados fiscais do Presidente da República, Cavaco Silva, do primeiro-ministro, Passos Coelho, do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, recomendando a instauração de procedimentos disciplinares aos dirigentes envolvidos na criação da denominada 'lista VIP'.