O Estado português colocou, esta quarta-feira, mil milhões de euros de dívida a três meses, conseguindo juros mais baixos do que no anterior leilão.
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De acordo com o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), os bilhetes do Tesouro foram colocados no mercado a uma taxa de juro média de 4,873%.
No anterior leilão, em maturidades semelhantes, realizado a 16 de Novembro, a taxa de juro média foi de 4,895%, tendo sido colocado um montante de 773 milhões de euros.
Na operação desta quarta-feira, a procura superou em duas vezes a oferta, ficando abaixo do rácio de 2,4 registado na emissão do mês passado.
O IGCP acabou assim por colocar o limite mínimo do intervalo indicativo definido, recusando ofertas acima dos 5%
De acordo com a informação disponibilizada pelo instituto, na passada sexta-feira, o intervalo do montante indicativo para a operação situava-se entre os mil milhões e os 1250 milhões de euros.
O gestor do mercado de dívida do Banco Carregosa, Filipe Silva, sublinha que o Estado português continua a conseguir vender dívida em leilão a uma taxa inferior ao mercado para a mesma maturidade, que se situa entre os 5% e os 5,25%.
Para o responsável, obviamente é "positivo" para o Estado português pagar um juro mais baixo do que aquele que é praticado no mercado, embora, do ponto de vista do investidor "isso não faça muito sentido".