Portugal foi o terceiro país da OCDE, depois da Grécia e de Espanha, onde a taxa de emprego mais caiu no segundo trimestre deste ano, face a igual período de 2011, recuando 2,4 pontos percentuais para os 62,3%.
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De acordo com os dados divulgados, esta terça-feira, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), na Grécia, a taxa de emprego caiu 4,7 pontos percentuais para 51,4% e em Espanha recuou 2,7 pontos percentuais para 55,6%.
Na Estónia, com uma subida de 2,8 pontos percentuais para 67,3%, no Luxemburgo, com uma subida de 1,7 pontos percentuais para 65,9% e na Hungria, com um aumento de 1,4 pontos percentuais para 57,1%, observaram-se, por sua vez, os maiores aumentos das taxas de emprego num ano.
No conjunto da OCDE a taxa de emprego fixou-se nos 65% no segundo trimestre deste ano, face aos 64,8% do período homólogo de 2011, mas na zona euro, a taxa de emprego recuou 0,2 pontos percentuais para 63,8% no mesmo período.
Face aos níveis registados antes da crise, a taxa de emprego (proporção de pessoas empregadas entre os 15 e os 64 anos) em Portugal passou de 68,5% no segundo trimestre de 2008 para os 62,3% no segundo trimestre de 2012, o que corresponde a 4,397 milhões de pessoas empregadas no país.
Segundo os dados divulgados, há "grandes disparidades" na evolução das taxas de emprego nos países da OCDE, nomeadamente no que se refere à idade dos trabalhadores, com o emprego a aumentar entre os 55 e os 64 anos, depois de vários países terem avançado com medidas para aumentar a idade da reforma.
Do lado dos jovens, o emprego continuou a deteriorar-se no segundo trimestre de 2012 face a igual período de 2008, caindo dos 42,8% para os 39,3%.
No final de junho deste ano existiam 529,75 milhões de pessoas empregadas no total dos países que fazem parte da organização, das quais 138,23 milhões residentes em países da zona euro.