Automobilistas portugueses e espanhóis tentarão, na tarde deste sábado, bloquear a Ponte Internacional do Guadiana num protesto contra as portagens, apesar de o Governo ter suspendido a sua introdução na Via Infante, que estava prevista para 15 de Abril.
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A Comissão de Utentes e o movimento "Algarve - Portagens na A22" justificam a manutenção do protesto afirmando que desta forma demonstram o seu "descontentamento contra quaisquer intenções" de portajar aquela via, que atravessa o Algarve.
A "Marcha do Guadiana", que vai unir automobilistas portugueses e espanhóis contra a introdução de portagens na Via Infante de Sagres (A22), tem como lema "Algarve-Andaluzia sem portagens".
O protesto deve arrancar pelas 16 horas na Estrada Nacional 125 (EN-125), em Altura (Castro Marim), estendendo-se depois por aproximadamente três horas, estima a organização.
A marcha seguirá rumo à Via Infante e à Ponte do Guadiana, prevendo-se que os automobilistas invertam o sentido já em território espanhol para regressar ao ponto de partida.
A última manifestação contra as portagens no Algarve foi uma marcha lenta realizada no dia 19 de Março, entre Lagos e Vila Real de Santo António, que gerou longas e demoradas filas de trânsito.
As primeiras SCUT (sem custos para o utilizador) a serem portajadas, em 15 de Outubro passado, foram as do Norte: Costa de Prata, Grande Porto e Norte Litoral.
No próximo dia 15 de Abril estava prevista a introdução de portagens nas SCUT do Algarve, Beira Interior, Beiras Litoral e Alta e Interior Norte.
A razão invocada pelo Governo é que a introdução de portagens por um governo de gestão seria inconstitucional, segundo um parecer emitido pelo Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros.