A marcha lenta dos produtores nacionais de leite e carne já chegou à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, em Matosinhos, e segue agora para grandes superfícies da região.
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No local, já algumas centenas de manifestantes aguardavam pela chegada do cortejo de tratores à Circunvalação, que esteve bloqueada devido ao protesto. O protesto vai passar, durante a tarde, por grandes superfícies comerciais da região, que acusam de não proteger os produtos nacionais.
O protesto dos produtores de leite e carne em direção a Matosinhos provocou grandes constrangimentos de circulação na EN13, onde se iniciou a marcha lenta. Entre Vila do Conde e as Guardeiras, na Maia, o trânsito esteve cortado pela marcha em baixa velocidade de cerca de 200 tratores e outros veículos.
A GNR está a acompanhar a manifestação e já fiscalizou alguns dos condutores dos tratores agrícolas, o que atrasou ainda mais a marcha lenta, que pretendia chegar à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, em Matosinhos, às 11.30 horas.
Veja as imagens dos protestos.
O objetivo destes protestos é "assinalar reclamações específicas perante as práticas comerciais abusivas" de que os produtores acusam as grandes superfícies comerciais e que, garantem, "têm contribuído para a grave crise que arrasa a pecuária nacional", nomeadamente os produtores de leite e carne.
Todos os tratores ostentam a bandeira portuguesa e têm afixados cartazes de protesto com mensagens como "Temos um défice de 200 milhões de euros em produtos lácteos. Porquê?", "O Governo não pode ignorar a nossa situação", "Obrigado a todos os que bebem leite nacional" e "Compre, prefira e exija português".
Organizada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pela Associação Portuguesa de Produtores de Leite e Carne (APPLC), em conjunto com outras organizações da lavoura, a iniciativa promete ser "a maior alguma vez realizada pelo setor em Portugal".