O provedor do Cliente das Agências de Viagens, Vera Jardim, considera que os clientes da Marsans dificilmente serão ressarcidos. "Sinceramente, acho que não", que não vão receber o dinheiro pelas viagens pagas que não chegaram a realizar.
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"A Marsans foi adquirida por um grupo, segundo o que li na imprensa espanhola, que compra empresas em dificuldades para depois as desnatar daquilo que têm de bom e fazer negócio com isso", disse Vera Jardim, em entrevista à Antena 1. "Essa é a verdade nua e crua", acrescentou, salientando que esta forma de actuar “não tem nada a ver com a gerência” em Portugal.
“Confesso que não tenho muitas esperanças, mas enfim, apesar de tudo mantenho alguma esperança de que os clientes possam ser ressarcidos”, acrescentou.
Recorrendo ao tribunal, questionou a jornalista da Antena 1 Maria Flor Pedroso? “Os advogados costumam dizer que há sentenças que são para encaixilhar. É preciso ter bens, para executar e penhorar", advertiu Vera Jardim.
Dezenas de pessoas que compraram pacotes de viagens à rede Marsans não puderam viajar no último fim de semana, já que a rede mandou fechar as 30 lojas em Portugal sem emitir 'vouchers' e sem pagar aos operadores.
Queixosos que foram prejudicados em valores que variam "entre os 600 e os 6500 euros", com os "mais diversos pacotes", incluindo cruzeiros.
No total, há cerca de três mil pessoas com viagens reservadas através da Marsans para os próximos meses. Os cálculos foram feitos pelos funcionários das lojas, que se reunem hoje no Porto e em Lisboa.